Dread says:

"Perdido seja para nós aquele dia em que não se dançou nem uma vez! E falsa seja para nós toda a verdade que não tenha sido acompanhada por uma gargalhada!"
[Nietzsche]

domingo, 26 de setembro de 2010

Sobre algumas pessoas, inclusive meu pai.

"Quem usa brinco, não merece valor, perde o caráter, vira vagabundo; muito pior é quem usa uma tatuagem. Eu mesmo conheço um cara que tem tatuagem, falo com ele, tudo normal, mas eu NÃO GOSTO DELE, só de olhar pra ele eu já sinto repúdio. Ninguém gosta de alguém que desmoraliza o corpo, corpo tem que está intacto. Pra mim, fez tatuage é marginal, pode prender; botou brinco, ou é frango ou é marginal, em todo caso pode prender também, nenhum dos dois presta mesmo".(sic)

Palavras do Meu Pai.
É incrivel, eu não sei como ele ainda me espanta quando fala umas coisas dessas. Quando eu fizer minha tatuagem, ou se ele descobrir que eu tenho amigos tanto heteros, quanto homossexuais e bissexuais. Ou meu pai me deserda, ou ele me mata de tanta vergonha que ele vai sentir, acho que ele fará as duas coisa, não necessariamente nessa ordem... (sic)
Palavras minhas.

Sempre tentei me por no lugar das pessoas para, assim, entendê-las. Mas vendo o que essa criatura diz não sei se posso, ou quero, me por no seu lugar. Palavras com tanto ódio, tanto rancor expressado, em cada sílaba me fazem refletir... Sempre que alguém falava algo parecido com isso, eu costumava achar que era apenas um reflexo de uma sociedade milenarmente machista e conservadora; só que cada vez que eu ouço palavras balbuciadas como se fossem atiradas por um lançador de facas, com o intuito de atingir a primeira pessoa que puser-se a pensar o oposto, eu penso que isso pode vir, também, do cerne das pessoas, como se elas gostassem de odiar as pessoas diferentes, parece-me que elas sentem um prazer mórbido de atingir toda e cada uma pessoa que não compartilhe o mesmo ideal.

Lembro-me de uma vez em que meus irmão e eu discutiamos sobre o casamento gay, e nosso pai "entrou" na discurssão. Bem não exatamente entrou nela. Ele apenas rotulou e fez argumentos ad hominem (ataques contra a pessoas, não contra o argumento). Notóriamente ele não dava sinais de raciocínio, apenas dizia o que ele pensava e atacava quem não concordasse. Nem ao menos parava e refletia sobre o que se tinha dito. Uma pessoa assim, não deve só ter tido seu cérebro esmagado por ideias pitorescas e retrógradas, ele quer isso. Ou isso, ou a sociedade vez uma lavagem cerebral muito bem feita. Seja lá qual for a conclusão, não tiro da minha mente que ainda assim é estúpido, mas não vim aqui levantar a bandeira de nenhum movimento, eles já fazem isso muito bem (e muito melhor do que eu faria). Estou aqui, hoje, apenas pra demonstrar minha ojeriza a esse tipo de pensamento; não me estenderei mais defendendo meus argumentos, o post ficaria muito cansativo, quem sabe noutra ocasião falarei sobre as diferenças meramente humanas,

até lá, adeus.

Posted by Dread

sexta-feira, 24 de setembro de 2010

Instantes a só.

Corpo cansado, pés descalços roçam a fria superfície pétrida, a memória já dá sinais de que está no limite: o meu eu físico pede descanso. Porém outra parte do meu cérebro parace estar em plena atividade, como se o dia não tivesse acabado, e como que por magia, as palavras brotam da minha mente e eu, por ser um mero escravo daquele, apenas obedeço.

O breu da noite muito me conforta, a calmaria que o negro da noite envolve e me traz aos ouvidos é divina, um deleite para os que sabem apreciar. A noite é a minha hora mais ativa.
Minha noitada por hora se finda, meus objetivos são outros agora, meu foco está virado pra o oposto do que era...

Fragmentos de poesias passam acelerados pela minha mente "por que que não uma poesia?", me pergunto. Mas ao invés disso meu cérebro decide por uma prosa, ... tudo à noite é mais instigante, tudo à noite é mais sensível...

E é nessa solidão que meus pensamentos voam, meu ego sempre foi acostumado ao monólogo, parece que a solidão lhe masageia as têmporas... Massagem... nesse instante meus músculos pedem por uma... pedir? Não, imploram. Mas isso é só vontade.

Assim como a vontade de ficar só agora não mais me satisfaz, buscarei meu conforto nos sonhos, onde eu possa encontrar minhas quiméricas ilusões, e onde a minha desfarçatez não signifique nada.

postadado por Kleyton

quinta-feira, 23 de setembro de 2010

[NoTitle]

Hoje me proclamo uma pessoa feliz. Sinto-me completo em cada traga de ar que dou. Uma vez me disseram que aqueles que amam não o fazem "por causa de", mas sim "apesar de"; e hoje eu entendo cada letra desse discurso, sim amigos eu amo. Pode parecer algo controverso, mas quem pode ser tão mais controverso do que eu? Ora eu odeio o mundo, ora eu o detesto, mas isso não significa que eu não seja vunerável a outros sentimentos.
Confesso que quando o sentimento é diferente da ojeriza eu sou receoso. Mas ultimamente eu venho aprendendo um pouco mais sobre essa coisa engraçada que se chama amor.
Bem, deixe-me ser um pouco mais cronológico.
Eu errei, caro amigo, a algum tempo atrás cometi um dos mais puros atos de covardia e imaturidade, e confesso meu erro. Deixei que a facilidade do ignorar tomasse o lugar da minha vontade, ignorei meus pensamentos e sentimentos em troca do conforto do ócio, e me arrependi. Tracei planos e metas baseado nesse erro e por muito pouco não piorei minhas condições. Assumo minha infantilidade para todos, assim como assumo meu amor.

Felizmente, coisas boas ainda acontecem comigo e hoje nós podemos amend our past mistakes. Sinto que ela e eu somos mais maduros, mais confiante no que queremos, mais carinhosos.

Talvez eu tenha cometido erros, mas ao menos ele me serviram pra me tornar o que hoje eu sou, sem eles talvez eu continuasse o mesmo imbecil de dois anos trás, ao invés disso, sou um imbecil completamente novo.

posted by Dread

Ideias abstratas

Exitem, de todos os caminhos possíveis, aqueles mais simples e os mais complicados.
Tentei caminhar por calçadas solitárias, ser aquele que vaga sozinho e se contenta; confesso que cheguei muito próximo disso, próximo até demais. Mas mesmo chegando tão perto e estando tão estável na minha instabilidade, na minha inconstância, a intragável vida brinca de Deus e nos toma as rédeas das decisões, é o que muitos chamam de agir por instinto.
Deixe-me contar algo sobre instinto. Ele é desagradável, sempre expondo nossas almas de forma perjorativa. Ele é saboroso, sempre permite provarmos daquilo que, por algum motivo, não deveriamos. E é essa dicotomia que me assusta e me cativa.
Talvez tudo o que eu falo aqui seja, para você, ininteligível; talvez não faça nenhum sentido, nem mesmo pra mim. Estou apenas brincando de vomitar pensamentos e parir palavras e ter a audácia de chamar de escrita. Nunca fui muito bom em me expressar, nunca fui muito bom em passar o que eu quero para as outras pessoas, e, geralmente, quando eu o faço sempre é tão envolto em mistérios que não se entende. Realmente...

Hoje, posso dizer que a minha notória sinceridade me falta. Menti, oh leitor, menti.
Mas o que são mentiras se não verdades disfarçadas de coisas engraçadas, troçar faz parte da vida.

postado por: Kleyton

quarta-feira, 22 de setembro de 2010

Estou [quase] de volta.

Desculpa gente, mas sabe como é vida de universitário, tem seus períodos de extrema correria, e os de correia sem precedentes. ultimamente, a faculdade não deu folga, nem o estágio, mas vou tentar postar mais frequentemente agora... se é que vai dar.

Ultimamente a vida tem sido boa, boa até de mais. Reencontrei alguém que me faz maravilhosamente feliz, e que eu tenho uma admiração profunda e um amor incondicional.

Mas não me prolongarei, por hora, afinal meu período de correria sem precedentes ainda não terminou.

posted by Kleyton